Se o melhor momento para se plantar uma árvore foi vinte anos atrás, e o segundo melhor momento é hoje (como diz um provérbio chinês), a Universidade Federal de Sergipe tem aproveitado bem o agora e vem procurando deixar, conforme o mote dos seus 55 anos, um legado para as gerações futuras – e, neste caso, um legado verde e frondoso.

Em torno da Semana Mundial do Meio Ambiente, comemorada de 1 a 5 de junho, e como parte da comemoração de seu aniversário, a instituição realizou o plantio de várias espécies arbóreas em seus diversos campi, sintetizando um conjunto de ações que envolvem a manutenção e ampliação de sua área arborizada.

Em seu quantitativo, a iniciativa é simbólica, e envolveu a fixação de pelo menos uma muda em cada unidade. Ao mesmo tempo, as novas plantas entram para a conta das mais de 200 novas árvores que a UFS já fincou este ano, o que corresponde a uma média de mais de uma muda por dia. No ano passado, foram 430, em todos os campi.

O professor Rosalvo Ferreira, reitor em Exercício, explica que “a ideia é que os alunos, e a comunidade, consigam encontrar mais espaços onde possam se sentir bem, e de fato aproveitar o ambiente da universidade. Ao mesmo tempo, fazer uma devolução à natureza, sendo uma ação de responsabilidade, de compromisso com o meio ambiente”.

Ele lembra que este plantio de mudas proporcionou momentos de grande envolvimento da comunidade, a exemplo “do plantio de quinze mudas de ipês ao lado da Didática V, feito pelas ingressantes do curso de Pedagogia, numa ação que teve a iniciativa do próprio Departamento; e de uma muda de jambeiro no Colégio de Aplicação, pelos alunos do terceiro ano, que estão para se formar e deixar a escola”.

Na arborização dos campi são considerados alguns aspectos para escolha das espécies, como explica o professor Genésio Ribeiro, coordenador do Departamento de Gestão Ambiental e Segurança do Trabalho (DGASET). A prioridade é dada às espécies nativas da mata atlântica, entretanto espécies exóticas não são desconsideradas, a depender do contexto de sua utilização.

“São frutíferas como mangueira, jambeiro, jaqueira, pitangueiras, cajueiros, goiabeiras, umbuzeiros, cajazeiros, dentre outras, porque além do aspecto paisagístico são fontes de alimento para a fauna; por outro lado flamboyant, ipê, craibeira, pau pombo, sucupira, pau-brasil, pau-ferro, angico, canafístula, paineira, entre outras, são utilizadas em arborização urbana e paisagismo”, elenca Genésio.

Em seu plano de arborização, a UFS visa aumentar o número de árvores implantadas em todos os seus setores e, consequentemente, melhorar o conforto térmico interno, bem como a interação da fauna e flora nativa do entorno. O plano inclui a substituição de árvores que podem colocar em risco vidas humanas e as edificações, pelo risco de queda ou avaria ao patrimônio.

Além dos mencionados Departamento de Educação (CECH) e Colégio de Aplicação, a última ação de plantio envolveu áreas próximas à Reitoria e a Biblioteca Central (Bicen), além dos campi de Laranjeiras, Lagarto, Glória e Itabaiana. Neste último, o plantio de uma muda de jambeiro teve um significado especial.

“É um compromisso com a preservação e a restauração do meio ambiente, destaca a importância das árvores em nossa vida, e é uma ação que envolve a comunidade, promovendo um senso de coletividade; especialmente em nosso campus, é interessante porque tivemos de retirar espécimes que vinham causando problemas estruturais e de acessibilidade”, conta o diretor da unidade, professor Victor Sarmento.

Genésio explica que o plantio de mudas pelos campi seguirá até meados do período chuvoso, tendo em vista que essas espécies necessitam de água em quantidade adequada para seu estabelecimento e crescimento inicial. Após esse período, as ações se concentram no planejamento do ano seguinte e na manutenção da arborização, envolvendo as diversas podas, fertilização, e outras ações.

Além dessas, o DGASET desenvolve ações quanto a Gestão de resíduos, Gestão de Indicadores de Sustentabilidade, Gestão de Licenciamento e Gestão dos Animais na UFS. Contando sempre com o envolvimento de servidores e alunos no plantio, a maioria das mudas fincadas na UFS vem de doações feitas pelo Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec).

Ascom UFS

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